domingo, 21 de junho de 2009

Descobrindo o Joquim Real


É com imenso prazer que, aos poucos, estou descobrindo o tamanho do Projeto Cantando a Física com Joquim. Nos últimos tempos, venho me apropriando de uma página da história rio-grandense que ainda não foi totalmente reconhecida. Estou falando da vida do homem que inspirou o Joquim de Vitor Ramil. É isso mesmo, o Joquim real existiu e se chamava Joaquim da Costa Fonseca Filho. Trata-se de um homem idealista, simples e, ao mesmo tempo, complexo, que, entre várias realizações, construiu dois aviões, ainda no final da década de 30, "no fim do fundo da América do Sul", como diz na canção. Um de seus aviões, o F-2 Cidade de Pelotas, foi inclusive testado e autorizado para voar pelo Ministério da Aeronáutica. E dizem que, para a época, era de qualidade superior aos de mesmo tipo norte-americanos. Há quem diga, também, que foi o primeiro homem a construir um avião no Brasil.
No meio da minha pesquisa, venho conhecendo algumas pessoas que lutam para conservar viva essa página da história aeronáutica do Rio Grande do Sul e do Brasil. Aliás, uma das poucas páginas publicadas com esse objetivo, encontra-se no livro "Pelotas, Casarões Contam Sua História - V5, da adorável escritora pelotense Zênia de León, que vem me incentivando muito nesses voos.
Mas, na última sexta-feira, tive o prazer de conhecer o Sr. Joaquim da Costa Fonseca Neto, um dos filhos do inspirador de Joquim. Fui recebido em sua loja, em Porto Alegre, por esse homem amável, que expressa admiração enorme pelo pai e por seus feitos, mas que, com humildade, não projetava toda essa importância para a história do nosso Estado e do Brasil.
Passamos alguns minutos juntos e, aos poucos, ele foi me mostrando fotos e recortes de jornais, organizados pelo mestrando Sérgio Peres - que estuda a história há algum tempo - e foi me contando a história que ele sabe e que ele viveu com seu pai, até os 18 anos de idade.
Mas há fatos e mitos nessa história, há lições positivas e negativas na saga vivida por Joaquim Fonseca e nosso projeto vai em busca disso. Na próxima semana, iremos a Pelotas, com um grupo de seis pesquisadores-estudantes, munidos de câmeras, microfones e sentidos aguçados, buscando elementos que nos ajudem a contar, com mais propriedade, essa história e resgatar, quem sabe, o que está obscurecido pelo tempo. Ou, no mínimo, aprender sobre a vida e sobre a luta desse homem que, certamente, é exemplo para nossos estudantes em muitos aspectos.
Conto mais assim que voltarmos!

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom ADOREI O projeto \0/

razão disse...

Nossa....que lindo...